Mais uma vez a UE mostrou de que material é feito... ou seja de papel porque mais uma vez perante um conflito internacional ficamos caladinhos e quietinhos à espera de que os Estados Unidos tomem uma posição sobre o assunto. Paço a explicar:
No dia 8 de Agosto estava eu ainda no cruzeiro e já farto de não fazer nada decidi retornar a minha cabina para acompanhar a cerimonia de abertura dos Jogos Olímpicos... mas assim que liguei a TV vi logo outra noticia bem mais importante: "A Rússia invade a Geórgia!" aparecia em grandes letras na Sky News. No primeiro momento pensei:"3ª guerra mundial aqui vamos nós!", mas depois de ver a noticia toda fiquei um pouco mais descansado... afinal não era bem isso que tinha acontecido (malditos jornais britânicos sensacionalistas...). O que tinha de facto acontecido:
A Geórgia foi constituída País em 1991 com a queda da União Soviética e desde então foram surgindo movimentos separatistas por parte de elementos pró-Moscovo nas regiões da Ossétia do Sul e da Abecásia (2 regiões georgianas) que consideram que deviam separar-se da Geórgia a juntar-se à Rússia. Assim estas 2 regiões declararam-se estados independentes da Geórgia o que claro não agradou nada aos georgianos iniciando um conflito que só acabou com a intervenção da Rússia e da ONU em 1993. As coisas mantiveram-se calmas até ao passado dia 8 quando as tropas georgianas voltaram a invadir a Ossétia do Sul de modo a retomar controlo da região. Estas acções levaram a uma resposta militar por parte dos russos que consideram que a Geórgia não tem o direito de invadir um Estado independente (ainda mais quando este é aliado da Rússia) . Os resultados estão à vista: mais de 200o mortos na região, entre rebeldes ossetas mortos pelo exercito georgiano, soldados georgianos mortos pelos militares russos em reposta à "invasão"e principalmente, habitantes da região sem culpa nenhuma do que está a acontecer mas como não conseguíram sair a tempo levaram por tabela. Como seria de esperar a Geórgia não teve qualquer hipótese e encontra-se neste momento privada do controlo das 2 regiões em causa (ambas sob domínio russo) pelo que pediu ajuda à ONU e aos Estados Unidos. O presidente americano Bush (quando é que este gajo vai embora de vez?) já condenou os ataques russos à Geórgia e pede a imediata retirada das tropas da federação Russa. Por outro lado o Presidente russo Putin afirma que as suas tropas só retiram quando ambas as regiões estiverem seguras.
Claro que a ONU nada pode fazer pois estamos a falar de membros do Conselho de Segurança . Mas... e a UE? Mais uma vez ficamos calados à espera que as coisas que resolvam... a sério quantas vezes mais é que o vamos usar o termo "mediação" para definir o nosso papel neste tipo de situações? Será que só quando é para falar é que a UE se chega a frente? Quando é para tomar posições que podem levar a conflito ficamos naquela de: "Ai e tal... vamos esperar que os americanos digam qualquer coisa...". será que ninguém tem coragem de fazer um exercito da UE e começarmos a ter também um papel mais importante nestes cenários? Parecemos as comadres e beatas de igreja: só servimos para comentar... para fazer algo isso já não é connosco.
No dia 8 de Agosto estava eu ainda no cruzeiro e já farto de não fazer nada decidi retornar a minha cabina para acompanhar a cerimonia de abertura dos Jogos Olímpicos... mas assim que liguei a TV vi logo outra noticia bem mais importante: "A Rússia invade a Geórgia!" aparecia em grandes letras na Sky News. No primeiro momento pensei:"3ª guerra mundial aqui vamos nós!", mas depois de ver a noticia toda fiquei um pouco mais descansado... afinal não era bem isso que tinha acontecido (malditos jornais britânicos sensacionalistas...). O que tinha de facto acontecido:
A Geórgia foi constituída País em 1991 com a queda da União Soviética e desde então foram surgindo movimentos separatistas por parte de elementos pró-Moscovo nas regiões da Ossétia do Sul e da Abecásia (2 regiões georgianas) que consideram que deviam separar-se da Geórgia a juntar-se à Rússia. Assim estas 2 regiões declararam-se estados independentes da Geórgia o que claro não agradou nada aos georgianos iniciando um conflito que só acabou com a intervenção da Rússia e da ONU em 1993. As coisas mantiveram-se calmas até ao passado dia 8 quando as tropas georgianas voltaram a invadir a Ossétia do Sul de modo a retomar controlo da região. Estas acções levaram a uma resposta militar por parte dos russos que consideram que a Geórgia não tem o direito de invadir um Estado independente (ainda mais quando este é aliado da Rússia) . Os resultados estão à vista: mais de 200o mortos na região, entre rebeldes ossetas mortos pelo exercito georgiano, soldados georgianos mortos pelos militares russos em reposta à "invasão"e principalmente, habitantes da região sem culpa nenhuma do que está a acontecer mas como não conseguíram sair a tempo levaram por tabela. Como seria de esperar a Geórgia não teve qualquer hipótese e encontra-se neste momento privada do controlo das 2 regiões em causa (ambas sob domínio russo) pelo que pediu ajuda à ONU e aos Estados Unidos. O presidente americano Bush (quando é que este gajo vai embora de vez?) já condenou os ataques russos à Geórgia e pede a imediata retirada das tropas da federação Russa. Por outro lado o Presidente russo Putin afirma que as suas tropas só retiram quando ambas as regiões estiverem seguras.
Claro que a ONU nada pode fazer pois estamos a falar de membros do Conselho de Segurança . Mas... e a UE? Mais uma vez ficamos calados à espera que as coisas que resolvam... a sério quantas vezes mais é que o vamos usar o termo "mediação" para definir o nosso papel neste tipo de situações? Será que só quando é para falar é que a UE se chega a frente? Quando é para tomar posições que podem levar a conflito ficamos naquela de: "Ai e tal... vamos esperar que os americanos digam qualquer coisa...". será que ninguém tem coragem de fazer um exercito da UE e começarmos a ter também um papel mais importante nestes cenários? Parecemos as comadres e beatas de igreja: só servimos para comentar... para fazer algo isso já não é connosco.
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